Fatos. Episódios...
Ou só confusão mental.
Há período no mês que fico estranha...
(toda mulher fica)
Nesses dias, eu não gosto de mim e
esse "não gostar" dura minutos que
são tempo suficiente para ter a
certeza de que algo deve ser feito.
Arrependimento
de quase tudo que
fiz de errado.
Não há perdão para o que já fiz...
Entristecer um semelhante é
motivo de forca!
Não mais me orgulhar de ter sido reta
a vida toda é motivo de auto flagelação
e até morte!
Tenham piedade de mim.
Perdoem-me.
Imploro!
Algo deve ser renovado.
Preciso ficar reclusa
mas minha personalidade não permite.
Preciso tomar rédeas dos meus atos,
mas meus hormônios não deixam.
Quero me manter em silêncio
e ao mesmo tempo sinto necessidade de
gritar por socorro!
Bate angústia, típica de quem não sou
e bate ira misturada com auto piedade...
Como pode?
Alguém acompanha meu raciocínio?
Dor!
Confusão...
Não sou eu.
Juro.
É o corpo inchado como se
estivesse carregando
uma outra mulher em mim.
Uma mulher querendo tomar meu
lugar e fazer da minha vida uma
loucura que é dela.
Não minha!
Sensação de estar enlouquecendo
e de não ter mais o que fazer.
É sentar e esperar o mundo acabar.
O "meu-mundo-dela"...
(uma merda!! uma merda!!)
Dessa moça doida aprisionada em mim
e que me aprisiona durante dias.
Até ontem não conseguia ver essa moça
pois ela é perfeita na arte de se camuflar
sob minha pele.
Você tem cura, moça doida?
Você poderia, por favor,
migrar para outro canto?
Você poderia me deixar em paz?
Poderia me dar trégua?
Hein???
Quando eu sangro
e ela quer me decompor mais ainda,
me derruba na cama e na tristeza.
Bebe o restinho da minha alegria
e
vai se despedindo
com cara de paisagem.
Eu não fiz nada!
Eu não lembro...
Eu não sou.
Eu não quero.
Desejei morrer.
Desejei do fundo da alma ser só.